Promotor
Teatro Nacional São João E.P.E.
Breve Introdução
“Nenhum homem é uma ilha”, escreveu John Donne. E nenhuma ilha é uma história fechada, acrescentamos nós. A última peça de William Shakespeare, A Tempestade (1610-11), é o ponto de partida para Uma Tempestade (1968), de Aimé Césaire, um dos fundadores do movimento da negritude. Os dois textos transfiguram-se agora em Outra Tempestade, a nova criação do Teatro da Garagem, encenada por Carlos J. Pessoa. Mas voltemos ao princípio. Numa ilha remota, vivem Próspero e Miranda, o Duque de Milão e a filha, para aí lançados doze anos antes por um assombroso temporal. Com eles vivem Ariel e Caliban, escravos do Duque. O que Outra Tempestade propõe é ultrapassar a habitual dicotomia senhor-escravo, Próspero-Caliban, e lançar o navio do teatro para o mar aberto. Imaginemos que Miranda e Caliban se tinham juntado e tido filhos. Que novos mundos se descobririam a partir daí? Outra Tempestade é uma peça rodeada de possibilidades por todos os lados.
Ficha Artística
texto William Shakespeare, Aimé Césaire
encenação Carlos J. Pessoa
dramaturgia Cláudia Madeira
cenografia, adereços e figurinos Herlandson Duarte
assistência de encenação Mariana Índias
direção de produção Raquel Matos
produção executiva Camila Roveda
interpretação Ana Lúcia Palminha, Deka Saimor, Emerson Henriques, Tiago de Almeida, Rafaela Jacinto
coprodução Teatro da Garagem, Festival Mindelact (Cabo Verde), Teatro Nacional São João
apoio Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Preços
10,00€