Promotor
Teatro Nacional São João E.P.E.
Breve Introdução
Em 1523, Gil Vicente escreveu esta “farsa de folgar”, relato cómico das desventuras de uma mulher da classe média portuguesa do século XVI que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval da sociedade quinhentista. Quinhentos anos depois, Pedro Penim reescreve o original vicentino e transforma-o numa obra do nosso tempo: “A farsa he de Inês Pereira, certo?/ Então sam eu que a subverto”, diz a sua Inês. Mantendo a métrica e a rima, A Farsa de Inês Pereira (des)constrói um espaço de reflexão sobre o empoderamento feminino, a urgência de um diálogo intergeracional, o pós-trabalho, o direito ao tédio. “Rejeito o jugo da labuta, da tarefa e do afazer.” O espetáculo fecha a trilogia que o encenador dedica à família, depois de Pais & Filhos (2021) e Casa Portuguesa (2022). Pedro Penim questiona alguns dos alicerces da sociedade contemporânea e propõe uma espécie de manifesto lançado ao futuro. “Somos todos refugiados da família nuclear.”
Ficha Artística
a partir de Gil Vicente
texto e encenação Pedro Penim
cenografia e adereços Joana Sousa
figurinos Béhen
desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
desenho de som e sonoplastia Miguel Lucas Mendes
vídeo Jorge Jácome
assistência de encenação Joana Brito Silva
ponto Lídia Muñoz
produção executiva Pedro Pestana
interpretação Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco, Sandro Feliciano
produção Teatro Nacional D. Maria II
Preços
10,00€